Eu te povôo, eu te faço festa, comida japonesa, música, e você não chama meu nome pras estrelas.
Você chega e sai. Eu te encontro do outro lado da rua, no mundo da Lua. Eu converso com o cara do bar, peço conselhos. Ele me dá uma cerveja e sorri. Eu saio de lá, silenciosamente, para não acordar meus pensamentos sobre você. Então você aparece numa janelinha pra dentro da minha pupila dilatada e me presenteia com um sorriso-de-férias-na-praia, então eu me desconstruo, perco as estribeiras. O corpo congela e esquenta a cada dois segundos. Bate uma leve tontura - como quando fumo o primeiro cigarro matinal - minha boca seca, minha voz gagueja e eu perco as palavras todas.
Você tem a capacidade de me nortear e me desvairar apenas com seu olhar despreocupado. Você sabe bem como embaralhar meus pensamentos nessa telinha. Sabe como acelerar as batidas do meu coração em gestos simples. Sabe como me fazer fantasiar com um beijo mais longo que um ano inteiro. Sabe como me arrancar suspiros pela madrugada e gargalhadas no meio do dia, no meio da rua. Você habita no meu pensamento e eu consigo sentir todos os dias o seu cheiro tímido de motor na estrada. Vejo você e eu a 100 km/h numa highway com o vento no rosto e um sorriso maior que o céu e mais iluminado que todas as estrelas juntas.
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