domingo, 15 de abril de 2012

Essa dor que dói, dói muito...

Eu olho para a cama e você não está mais lá... Eu aqui sentada no computador, como sempre estive, todas essas últimas noites, e você da cama me olhando e dizendo: "bota uma música aí, Mila" E a gente trocava figurinhas em tantas canções, entre tantas bandas, era rock and roll, bossa nova, reggae, BEATLES (claro!)... A gente ouvia, você dançava, eu ria... Tudo era tão bonito, tão azul... Aquela rotina normal me fazia tão bem...
Quando eu chegava do trabalho, irritada com o mundo, você vinha me consolar, tão calmo me perguntando o que tinha acontecido, porque eu tava estressada... Eu não sabia responder, até hoje eu não sei... Mas a sua voz me fazia bem, seu olhar... sua companhia nos domingos musicais, quando você acordava cedo, fazia a barba e a MÚSICA era sagrada, sempre! "Toca BEATLES!" Sempre Beatles. 
Agora a saudade que mora aqui dentro do meu coração é tão dolorida... A cada lembrança, a cada música que o rádio insiste em tocar, meu coração se parte em pedacinhos e as lágrimas escorrem sem parar no meu rosto, e os soluços, e uma tremedeira, e uma tristeza insistente.... E eu me pergunto: que dor é essa, meu Deus? Porque dói tanto assim? "A saudade é uma mão que aperta o coração" Li essa frase em algum lugar e agora ela fica rondando nitida no meu pensamento. Eu sei que ele está bem, que está em um lugar lindo e olhando por mim, por minha mãe e meus irmãos e pela netinha que ele tanto quis conhecer. Isso conforta meus pensamentos e me tranquiliza. 
Mas eu sempre vou me perguntar... porque o meu pai, Deus? Porque tão cedo? 

"Eu não posso entender, essa vida é tão injusta, não vou fingir que já parou de doer mas um dia isso vai se acabar. Eu não consigo me convencer que essa vida não foi injusta, tanta falta me faz você... queria ver você lá em casa... Pai, o AMOR que eu sinto por você é SEU..."


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