* Suspiros poéticos e saudades...

sábado, 14 de agosto de 2010

....

P.S.: Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis. E amanhã tem sol.

[Caio F.]

Postado por Mila às sábado, agosto 14, 2010

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"As pessoas falam coisas, e por tras do que falam há o que sentem,

E por trás do que sentem, há o que são e nem sempre se mostra…” [Caio F.]

Das desilusões...

Uma coisa é o que somos, outra é o que vêem em nós.

Lya Luft

Lembro-me de ti
Nesse instante absoluto,
A vida conduzida por um fio de música.
Intenso e delicado, ele vai-nos fechando num casulo
Onde tudo será permitido.

Se é só isso que podemos ter,
Que seja forte. Que seja único.
Tão íntimo quanto ouvirmos a mesma melodia,
Tendo o mesmo - esplêndido - pensamento.

Lya Luft

Quem mandou?

Você veio com contra indicação, altos riscos de contaminação. Não dei bola, joguei a bula fora. Quem mandou?

Tive febres de todas as cores, me arderam todos os amores, rasguei seda, comi flores, fiz das tripas coração...

Alice Ruiz

°°°

O que sobra é o áspero do gesto, a secura da palavra. Por trás disso, há o amor!

Por enquanto preciso segurar esta tua mão - mesmo que eu não consiga inventar teu rosto e teus olhos e tua boca.

Tarde demais °

"...Então pensei, numa tarde em especial, não sei quanto tempo faz, e que depois de pensar nessa tarde, uma frase ficou rondando nitida e quase dura no meu pensamento. Qualquer coisa assim: depois daquela nossa conversa, você nunca mais me procurou..."

Caio F.

Que o tempo o tempo cheirará o olho que me fuzila? O olho com seu olhar que um dia ainda vai mudar pra dentro da minha pupila. Que o tempo o tempo cheiraria ao tê-la, vê-la e senti-la! Garanto que mandaria a Música e a Poesia somente para servi-la. (Paulo César Pinheiro)

''O olho vê, a memória revê e a imaginação transvê

''O olho vê, a memória revê e a imaginação transvê

Se non é vero

É em dia de chover que se percebe o êxtase da Terra e o nosso susto. Estrela se embaraça contra arbusto e nuvem se entrelaça contra sebe. (...) Paulo Cesar Pinheiro

Amar talvez seja isso...

Amar talvez seja isso...

Descobrir o que o outro fala mesmo quando ele não diz. [Pe. Fábio de Me

°°°

Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.

Luís de camões

Dos mal-entendidos...

Nem todos os mal-entendidos,

mágoas e brigas se dão porque somos maus,

mas por problemas de comunicação.

Lya Luft

"Sabe, a vida para mim é um punhado de lantejoulas e purpurina que o vento sopra. Daqui a pouco tudo vai ser passado mesmo - deixa o vento soprar, let it be, fique pelo menos com o gostinho de ter brilhado um pouco"

Caio Fernando Abreu

Mas a sua necessidade era mais ampla, reconheceu,

Por isso não se encontravam.

"Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez o outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com os olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) talvez um se matasse, o outro negativasse. Sequestrados por um OVNI, mortos por bala perdida, quem sabe. Talvez tudo, talvez nada."

Caio Fernando Abreu

*

Exigimos o eterno do perecível, loucos!

°

I can feel their laughter..

I can feel their laughter..

So why do I sear?

"Não te tocar, não te pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou ferida, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir, que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, tudo bem"

Caio Fernando Abreu

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Olhinhos de gato

O chão florido tinha um perfume delicioso. Todo o seu corpo parecia absorvê-lo pela pele, estranhá-lo profundamente em si. Não era apenas o cheiro habitual da terra, confuso, áspero, interminável. Nem o cheiro das horas de rega e dos dias de chuva, ardente e exarcebado. Era tudo isso, mas ao longe, mas debaixo de uma alegria, de uma frescura, de um modo flutuante e envolvente como a atmosfera dos sonhos.

Cecilia Meireles

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