Ando muito completo de vazios.
Meu órgão de morrer me predomina.
Estou sem eternidades.
Não posso mais saber quando amanheço ontem.
Está rengo de mim o amanhecer.
Ouço o tamanho oblíquo de uma folha.
Atrás do ocaso fervem os insetos.
Enfiei o que pude dentro de um grilo o meu
destino.
Essas coisas me mudam para cisco.
A minha independência tem algemas. =/
[Manoel de Barros]
quinta-feira, 31 de março de 2011
Eu vou, eu vou...
Saudade quero ver pra crer
Saudade de te procurar
Na vida tudo pode acontecer
Partir e nunca mais voltar...
Saudade de te procurar
Na vida tudo pode acontecer
Partir e nunca mais voltar...
Como um bom barco no mar
Eu vou, eu vou...
Eu vou, eu vou...
No tengo medo es la verdad
Y lo que sucederá
Podría perderme en esta felicidad
Cuando estás comigo
La distancia y el silencio
Son solo un instante que ya terminó.
[Otto]
Y lo que sucederá
Podría perderme en esta felicidad
Cuando estás comigo
La distancia y el silencio
Son solo un instante que ya terminó.
[Otto]
sexta-feira, 25 de março de 2011
saudades...
"Minha alma é um bolso onde guardo minhas memórias vivas. Memórias vivas são aquelas que continuam presentes no corpo. Uma vez lembradas, o corpo ri, chora, comove-se, dança..."
Adélia Prado
Vou pra ficar! CapãoLindo!!!
"E decidiu: vou viajar. Porque não morri, porque é verão, porque é tarde demais e eu quero ver, rever, transver, milver tudo que não vi e ainda mais do que já vi, como um danado, quero ver feito Pessoa, que também morreu sem encontrar. Maldito e solitário, decidiu ousado: vou viajar."
[Caio Fernando Abreu]
quarta-feira, 16 de março de 2011
Pra sonhar...
Largo tudo se a gente se casar domingo
na praia, no sol, no mar
ou num navio a navegar
um avião a decolar
indo sem data pra voltar
andar de branco no altar
quem vai sorrir?
quem vai chorar?
ave maria sei que há
uma historia pra sonhar,
pra sonhar...
gênese II
No princípio era o verbo
uma vaga voz sem dono
vagando pela via láctea
Depois veio o sujeito
e junto com ele todos
os erros de concordância.
uma vaga voz sem dono
vagando pela via láctea
Depois veio o sujeito
e junto com ele todos
os erros de concordância.
[Gregório Duvivier]
terça-feira, 15 de março de 2011
Felicidade
Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar.
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem...
Marcelo Jeneci/ Chico César
Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar.
Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser.
Quando chover, deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
Melhor viver, meu bem, pois há um lugar em que o sol brilha pra você.
Chorar, sorrir também e depois dançar, na chuva quando a chuva vem...
terça-feira, 8 de março de 2011
Às vezes um clichê
Pode ser assim
Como um beijinho de passarinho
De uma leveza perspicaz
Quando eu dou por mim
Eu não estou mais tão sozinho
Tenho a beleza da cidade
Como um beijinho de passarinho
De uma leveza perspicaz
Quando eu dou por mim
Eu não estou mais tão sozinho
Tenho a beleza da cidade
É que assim talvez
A vida é boa
E tão a toa custa a acreditar
E tudo que acontece
A gente teme
Na certeza desse caminhar
A vida é boa
E tão a toa custa a acreditar
E tudo que acontece
A gente teme
Na certeza desse caminhar
E quero que você me leve
Do seu jeito e do seu modo
Não quero que você carregue
Nenhum peso pelo medo de gostar
Às vezes de um clichê
Do seu jeito e do seu modo
Não quero que você carregue
Nenhum peso pelo medo de gostar
Às vezes de um clichê
Posso ser assim
Um pouco alheio do seu ser
Mas é meu jeito de viver
Nenhuma frustração
Calejaria o coração
Sem essa gana de vencer
Um pouco alheio do seu ser
Mas é meu jeito de viver
Nenhuma frustração
Calejaria o coração
Sem essa gana de vencer
E quero que você me leve
Do seu jeito e do seu modo
Não quero que você carregue
Nenhum peso pelo medo de gostar
Às vezes de um clichê.
Do seu jeito e do seu modo
Não quero que você carregue
Nenhum peso pelo medo de gostar
Às vezes de um clichê.
Maglore
domingo, 6 de março de 2011
Gosto de quem entende o que eu digo. De quem escuta o que eu penso. Da minha prole. Dos meus discos. Dos meus livros. Da minha solidãozinha. Dos meus blues. Do meu umbigo. De unhas cor de carmim. De homem que sabe ser homem. De noites em claro e dias em branco. De chuva e de sol. Eu guardo as minhas rejeições em vidrinhos rotulados com o nome deles. Eu sou mole demais por dentro pra deixar todo mundo ver. Eu deixo pra quem eu acho que pode comigo.
(Fernanda Young)
(Fernanda Young)
[Rubem Alves]
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